domingo, 14 de agosto de 2011

Abismos ...


Abismos ...

Entre mim e você há abismos irreparáveis;
Trago na memória uma vaga lembrança de teus contornos;
Na ausência percebo-te mais;
É preciso ausência.
Chamo a ausência dos meus pensamentos para te ver;
Só te percebo na ausência.
Todos os meus esforços e caminhos são para tua luz;
Atravesso avenidas, tropeço em paralelepípedos;
Agonizo sob o céu de cetim;
É preciso abismos.
Meus pensamentos correm sem que eu veja seu destino;
Distraio as dores e alegrias;
Giro a roda do Sansara;
Entrego-me no teu repouso.
Entre mim e você há abismos;
Eu pedra bruta;
Você cristal polido;
Eu aqui no mundo, recrio personagens;
Você ‘Eu lá de dentro’.

                                               Flor de Luz

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