quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Lucas

O Lucas é aquele tipo quieto, não fala muito, tá sempre na dele e... É AI QUE MORA O PERIGO MENINAS!
Eu e Lucas já estávamos noivos fazia quatro meses. O pedido quase me matou do coração. No aniversário da minha mãe , na frente de toda minha família, antes de me consultar! Pareceu mesmo um presente para minha mãe e  minha família que sempre foram loucos por ele.
Tomei um  susto do pedido e da pressão em dizer sim , não foi muita pressão porque eu o amava mesmo, mas fiquei nervosa, né. Afinal eu não esperava.
Lucas e eu tínhamos o dia da semana com os amigos, verdade que o Lucas sempre queria mais de um. Mas... Neste dia eu saia com minhas amigas e ele com os dele.
Em um sábado Lucas disse que iria sair com a rapaziada do futebol, ia ter futebol, cerveja e depois eles iriam estender para um churrasco.
Ok! Pensei comigo, vou ligara para a Roberta - que é namorada do amigo dele que é do mesmo time -
- Rô , vamos a praia?
- Não dá , hoje é aniversário do Thiago e eu vou sair para almoçar com ele!
- Ué, ele não foi jogar futebol?
- Não, hoje não tem. Eles desmarcaram!

hummmm... Ligo para o Lucas e ele atende:
_ Oi amor! Não posso falar agora porque to no vestiário colocando o fardamento!
- A é? Eu pensei em ir ai ver teu jogo.
- Amor hoje é dia da rapaziada!
- Hummm. É que eu liguei para a Rô para irmos a praia , mas ela disse que o Thiago ia almoçar com ela, que hoje não tinha futebol.
- Nada !O Thiago tá faltando para caramba! Acho que nem avisaram ele do jogo de hoje!
- Humm.. Ta bom!

Tá bom o caramba! Hoje eu pego o Lucas, pensei!
Eu fiquei um tempinho pensando no que fazer quando recebo um telefone de uma amiga dizendo
- Babi, o Lucas esta aqui no pagode e tem uma morena que se não sentou no colo dele ainda, vai sentar logo logo!
- Dê to indo para ai, mas não deixa ele te ver não!
Peguei o carro com uma raiva que triplicava o meu tamanho, eu tenho 1,53. Mas a raiva era bem grande!
Cheguei no local e o Lucas já estava no carro dele com a morena lá - Uma observação: Ela estava dirigindo o carro dele, na verdade estava no banco do motorista porque eu abordei eles antes de ela dar partida - Aquilo me enfureceu mais ainda! Foi quando fora de mim peguei a menina e arranquei ela pela janela do carro, puxando o braço dela com uma força que eu nem sabia que tinha. Não satisfeita peguei o Lucas - que neste momento estava sim CHORANDO - e o empurrei para fora do carro também! Deixei os dois no estacionamento e sai dirigindo o carro dele.
Depois de deixar o carro do Lucas na minha casa liguei para a  Dê ir me buscar! Voltamos no pagode para pegar meu carro e o Lucas não estava mais lá.
Depois de seis meses casamos! euheuh! Ele é o amor da minha vida e sabe como eu fico brava, por isso se faz as coisas agora faz bem feito para eu não descobrir.

Babi

Corre Corre


Corre, corre
E não se sabe o motivo do temor.
Desconfio que esse
Corre, corre
É de gente que tem medo do amor.
Pois quem já abriu o coração
Sabe bem que o amor alimenta-se da dor.
Mas sinto dizer que esse
Corre, corre
É tempo perdido, pois quem
Corre, corre
Também tem sofrido.
E do amor, quem
Corre, corre
É da solidão que tem pavor.






Capitu

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Transmutação


É preciso deixar a morte acontecer;
Viver a tristeza do desterro;
Os fios que delicados se desfazem.

É preciso a tristeza deste verso;
O dolorido que em viv’ alma se consome;
Águas que furiosas abrem caminhos.

São lágrimas que consomem as impurezas;
A entrega seca o pranto;
A fé, certeza de um inseguro caminhar.

Rega a terra com tuas lágrimas;
Deixa as sombras viverem seus pesares.
Deixa a dor fazer crescer o filho.

                                                     Flor de Luz

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Resposta ao Soneto do Amor Maduro



Soneto do Amor Maduro

Tu não terás do meu amor senão a calma
Sem os arroubos e os rompantes juvenis.
E não esperes que eu invada tua alma
Pois meu querer se faz de formas mais sutis

Tu não verás no meu amor açodo e pressa
Antes o lento desbrotar de uma paixão
Que não explode no vazio de uma promessa
Mas pouco a pouco há de inundar teu coração.

Não há de ser o meu amor chama inconstante
Ou labareda que se ergue desvairada
E que em cinzas se transforma num instante.

Mas será sempre enquanto vida me for dada
A flama firme que jamais se faz distante
E espanta o frio da solidão indesejada

Luiz Robin Ohlson
Resposta ao Soneto do Amor Maduro

Mas como pode existir amor sem pressa
Se não está o amor ainda afirmado?
Serenidade na inconstância só interessa
A quem está só levemente apaixonado.

Se diz sentir amor maduro e verdadeiro
E ainda assim sente a calma te frear,
Meu camarada, tu não amas por inteiro
E está mentindo pra si mesmo sem notar.

De nada serve a sua chama tão constante
De nada serve o seu amor não juvenil
Se já não posso nem te ter por um instante.

Nunca pedi que invadisse a minha alma              
Mas não percebe que o tempo é traiçoeiro?
O amor maduro apodrece com essa calma.

Alice

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A palavra é inesperado.

ou pelo menos uma delas...
Inesperado são as coisas que você provoca em mim
Sensações emocionais e no corpo mesmo.. de carne e osso
Vontade de sentir tudo ao mesmo tempo
e me perder na infinidade de sentimentos simultaneos.
Querer e querer
Sem ter certeza de absolutamente nada
Um querer e pronto!
De estar, de tocar, de sentir
Voz, cheiro, pele, textura
Inesperado é sentir tanto sem saber o que se sente
Talvez porque ninguem tenha denominado ainda
ou simplesmente porque eu desconheço a palavra certa
Palavras em excesso me consomem 
Por isso, eu sempre escolho o sentir
E eu sinto
Não sou capaz de entender ou explicar o que está acontecendo
POr isso, não pergunte
Nem me arrisco a responder minhas próprias dúvidas
Na verdade eu evito pensar
Porque como já disse, eu não sei muita coisa a respeito disso tudo
Não sei se vai dar certo
ou quanto tempo vai durar
Mas é muito bom te querer
e querer mais a cada dia
Talvez a inconstancia do que somos
não permita a longevidade de tudo isso
Mas o que tenho buscado é a intensidade.
Não sei bem o que me provocas
E é inesperado justamente por isso,
Porque a cada dia encontro uma nova resposta a essa pergunta.


A.M.E

Amigo




Escutando The Way you look Tonight imediata é a lembrança do filme casamento do meu melhor amigo, quando eles estão numa barca e começam a cantar essa música, era a música dos dois. Mas, além do filme ela também me lembra quando eu me apaixonei por um amigo. Foi a paixão mais com cara de paixão que já vivi. Por enquanto!!!
Viramos amigos durante uma matéria na faculdade em que cursávamos juntos. A princípio achava ele com cara de arrogante e nunca me aproximava por medo. Um dia do nada ele estava no mesmo ponto de ônibus que eu e de repente ele diz que me viu numa foto. Obviamente faço cara de quem não entendeu nada. Ele percebendo minha estranheza logo diz que mora com o fulano, que num passeio que fiz com esse amigo em comum a câmera que este tinha levado era dele. A partir daí íamos conversando em dias esporádicos durante as aulas.
Numa viagem dessa matéria, olhei para ele com outros olhos, o que me deixou surpresa comigo mesma. Mentalmente pedia para ele sentar ao meu lado na ida, porque gostava de sua conversa. Mas nada aconteceu. Chegando em nosso destino, volta e meia nos esbarrávamos, o engraçado é que no almoço ele sentou ao meu lado e se não me falha a memória pegou um pedaço do meu bife ou algo do gênero. A noite na balada sempre estava perto de mim. Na viagem de volta veio sentado ao meu lado.
No resto do semestre eu sempre tentava ficar perto dele, mas juro que era inconsciente não percebia essa atração. A matéria acabou e ele me chamou para tomar um café, ficamos conversando horas, assunto era o que não faltava. Mas não passava de conversas. O ano acabou, entrou o novo ele se formou e um dia esbarrei com ele na faculdade, novamente horas conversando. Chamei ele para meu aniversário ele foi e algumas conversas no MSN aconteciam as vezes. Nos esbarramos num show, nos vimos no shopping e assim o ano acabou.
No ano seguinte conversando com o amigo que morava com ele, fui convidada para pular o carnaval com eles. Imagina se não fui e levei uma amiga. Que por sinal quis me matar, pois era carnaval de rua da comunidade local, o que quer dizer um trio e umas 50 pessoas na rua. Mas eu fiquei louca de feliz de encontrar ele e conversar mais um tempão. Foi nesta noite de carnaval que ele ficou mais saidinho. Uns moleques de 16 anos chegaram na minha amiga e em mim, pedi a ajuda dele para nos livrarmos e bem pau no c* ficou rindo da gente. Depois fui tirar satisfações sobre seu pouco auxílio à amiga aqui em questão e ele só disse isso: “você queria que eu fizesse o que? Te beijasse?” Acho que não teria sido má ideia... hahhahaha, mas fiz que não escutei nada. A chuva começou a cair, para aumentar a ira da minha amiga, saímos todos para um ponto de ônibus, pois ela e eu precisávamos pegar ainda 3 ônibus para chegar em casa, agora ela estava furiosa... hahahhahaha. Fúria que só aumentou quando tivemos que correr para pegar um ônibus lotado...hahahhahah. Mal consegui me despedir deles, então eu na minha pouca embriaguez mandei um SMS para ambos agradecendo a companhia da noite. Bom, só ele respondeu, fazendo várias gracinhas, dizendo que queria tocar violão para mim, que era para descer do ônibus e voltar.
Nos dias seguintes ele veio falar comigo, todos os dias no MSN e agora nos dois jogávamos indiretas um para o outro, até que elas viraram diretas. Ele falou que naquela viagem também sentiu vontade de ficar comigo, o que foi me deixando mais empolgada. Cafés foram marcados, horas de conversas todo dia foram feitas, músicas surgiram. E as cinco da manhã um SMS era enviado para mim dizendo que estava escutando nossa música. Tinha como eu não me apaixonar? Ainda mais por que ele tinha um beijo doce e quente, que perfeitamente se encaixou com o meu logo de primeira.  Acabou que complicações surgiram e não ficamos mais. A paixão como era acabou, mas continuamos bons amigos e acho que é isso que importa. As vezes as lembranças daqueles dias ainda me visitam, o que é algo muito bom.

Branca de neve sem anões

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Foi como se...






...Foi como se não reconhecesse mais aqueles olhos que antes eram tão cúmplices dos meus.
Eu senti, não entendi de onde vinha e o que significava, mas eu sentia .
E como eu não sabia como salvar a mim mesma daquela sensação e daqueles sentimentos eu chorei. Uma ou duas vezes...
E então eu ri
De mim mesma
Talvez fosse desespero ou mais uma vez a percepção de que não há nada que eu possa controlar.
E então elas cessaram.
As lágrimas pararam de cair.




Capitu

domingo, 9 de outubro de 2011

João

O nome dele era João. Lembro de quando ele começou a estudar com a gente! Foi na quinta-série. Aqueles olhos azuis grandões fizeram todas as meninas da sala de aula suspirar!
Aquele jeito dele meio blasé nos fez perder a concentração em muitas aulas de matemática... 
Depois de algumas semanas fui conhecendo melhor o tal João. E percebi que ele estava querendo chamar minha atenção; Naquela brincadeira queimada ele ficava me perseguindo de um jeito que conseguiu quebrar meu nariz tocando a bola no meu rosto. 
Uma outra vez , me prensou na parede e disse que se eu não desse um beijo no roste dele , iria me dar uma porrada.
O João era aquele tipo de aluno em que os pais frequentavam bastante a escola e ele a diretoria. Nós estudávamos em um colégio de freiras e ele vivia tirando o véu delas, colando espelhos no calçado para ver por baixo dos seus habitos, ficava escarrando na mesa e forçando os outros alunos mais magrinhos comer.
Pois o João foi meu primeiro amor. Desde o inicio da minha vida amorosa eu tenho o dedo podre.
Foi sempre assim; Uma relação de amor e ódio entre eu e  João. O bom era que ninguém podia se meter comigo que o João sentava a mão sem dó nem piedade.
João e eu vivíamos grudados. No recreio ele nunca levava lanche e sempre comia o meu. Eu lembro de uma vez que eu levei aquele salgadinho fandangos, ele simplesmente me de UM fandangos, sem zoação, e saiu com o resto do pacote.
Tudo bem, eu e João já estávamos namorando! Eu  não tinha muita escolha porque com a fama do João, ficava com  medo de dizer não para ele e assim levar uma soco, chute, algo do tipo.
Mas ainda faltava uma coisa ; O BEIJO!
A gente ainda não tinha dado um beijo e João decidiu - ele deixava eu decidir alguma coisa? - que seria na festinha para os alunos  que a nossa professora de Português estava fazendo na casa dela.
Mas antes ele me disse:
- A gente vai dar um beijo na festa da professora Denise, mas você vai ter que tirar esse bigode ai.
- Bigode?
- É! Esse buço, sei lá o que...
Gente , até hoje eu tenho trauma com o meu buço, por causa de João.
Bom , e agora?
Falar para minha mãe que eu tinha que depilar o buço por causa de João não dava.
Me tranquei no banheiro dos meus pais e procurei uma solução. Minha mãe tinha um creme mega fedorento que ela passava na perna e deixava uns minutos para depois pegar um algodão e com ele tirar os pelos, mas aquilo era muito fedorento e eu iria ficar com aquele cheiro até o fim do dia. E do jeito que João era sincero, ia falar para a festa toda que eu estava cheirado mal.
Então olhei para as coisas do meu pai e vi um prestobarba. Estava desesperada, ou era o beijo em João, ou a possibilidade de mais uma vez meu nariz quebrado. Então eu raspei meu "bigode" com o prestobarba do meu pai. Ficou uma coisa um pouco áspera, fiquei com medo que João percebesse, mas ele não percebeu. Não lembro muito do beijo, mas lembro que depois de alguns dias tomei coragem e terminei meu namoro de um beijo e três semanas com João.
Minha terapeuta diz que grande parte do meu insucesso na vida amorosa, atualmente, é herança da minha relação com João.
Poxa João...

Tati