domingo, 19 de junho de 2011

O bilhetinho

Do nada ele chegou, no meio de uma rodinha formada por eu e minhas amigas, que conversávamos, e me beijou! Pelos menos foi isso que minhas amigas, desavisadas...
Tudo aconteceu desse jeito: fui convidada para uma festa junina, a caráter, e caprichei no visual (saia de xita mega colorida, meia calça alaranjada, casaco azul piscina e touca verde limão, claro que o ”visu” foi completo com as clássicas bochechas pintadas por lápis de olho). Só que foi quando cheguei a festa, toda paramentada, lembraram de me avisar que ninguém iria fantasiado à festa... ok! Quem nunca viveu isso?
Mas como já estava pronta e todos já tinham me visto mesmo, fiquei por lá daquele jeito. Sentindo-me extremamente ridícula, com todas as outras pessoas vestidas de forma civilizada e eu como uma louca, fiquei meio de lado, já que conhecia poucas pessoas presentes na festa; foi quando um cara puxou papo comigo, bem de boa, queria saber quem era, quem me convidou, o que fazia, o de sempre... Papo foi, papo veio e achei que rolou um climão, mas não investi, deixei por assim mesmo.
Como toda boa festa junina, teve correio elegante, e para meu choque recebi um bilhetinho (Sério! Nunca tinha ganho um!), mas para meu desânimo foi por parte de um cara   muito, MUITO, esquisito – barriga de verme, pele macilenta e braços de Horácio (sabe o T-Rex da Turma da Mônica?) . Como toda boa mulher, fingi que não era comigo e ignorei educadamente...
Conforme o quentão foi entrando me entrosei mais com todos os convidados, então chegou o segundo bilhetinho, abri-o um pouco menos esperançosa porém recebi outra surpresa, dessa vez boa. Era do bom-samaritano que havia conversado comigo anteriormente, sem rir de como estava vestida.
Ele me escreveu sobre a conversa que tínhamos tido algumas horas atrás, e já achei legal, afinal, alguns homens não prestam atenção no que dizemos, e respondi. Depois de um tempo ele mandou outro, falando que tinha gostado do meu chapeuzinho verde.
Logo depois do correio elegante #2 ele veio falar comigo e minhas amigas, mas ficou num papinho superficial, sem falar diretamente comigo e introduziu braços de Horácio na conversa e nos deixou lá conversando. Então, depois de ter acabado o quentão e termos partido para os destilados, já estava bem não ligando mais pra esse cara, afinal ele só me escrevia e não tinha coragem de falar comigo! Logo depois recebi o terceiro e último bilhetinho que dizia: “Chapeuzinho verde, gostei muito de te conhecer essa noite, te achei muito linda”.
Quando li isso, obviamente, um sorrisinho maroto me veio aos lábios, mas como as amigas com quem conversava não perceberam, continuei com o papo como se nada tivesse acontecido. Porém o que não tinha percebido era que o bofe mandou o bilhetinho e ficou olhando para ver minha reação, e depois disso veio me beijar, como não tinha comentado nada com nenhuma delas elas levaram um choque, super compreensível, afinal elas não tinham me visto conversando com ele a noite inteira.
Depois dessa vez ficamos ainda por um bom tempo, até quando não deu mais certo; mas enquanto deu certo, foi bastante bom, e ainda me lembro com carinho de tudo o que se passou. Até guardei estes bilhetinhos por alguns anos! Hahahah

L.A. 

Um comentário:

  1. Óin que lindooo...hahahhaha
    Meu coração fez até tum tum, lendo a história!!!

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E seu dedo podre, o que tem a dizer?