quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sujeitinho

Há muito tempo penso em escrever as malfadadas trajetórias que meu podre coração dilacerado já teve a infelicidade de sofrer... rs rs rs... dramas a parte, está será minha primeira história, porque sim, eu tenho várias para contar, já que possuo um super DEDO PODRE... rs rs rs.
Depois de muito pensar em qual melhor história iniciaria minhas desilusões amorosas resolvi escolher uma que até agora não defini, confesso. Mas estou a escrever “estas mal traçadas linhas” como já diriam as vozes de Renato Russo e o tremendão, “porque veio a saudade visitar meu coração”. Neste momento paro e penso: qual história posso contar por primeiro, sem que delete minha identidade!?!? Pois se alguma amiga minha ler este blog certamente reconhecerá o infortúnio.
Decidida a história, parto eu para a narrativa. Estava eu me arrumando para ir a um almoço de feriado na casa de uma amiga, quando passa um pensamento (sempre milhares de pensamentos me bombardeiam a todo instante) “Você não vai conhecer ninguém de interessante” (o mais bizarros de todas minhas histórias é que, SEMPRE quando penso algo do tipo, eu conheço alguém interessante). Aprontei-me rapidamente, pois não gosto de chegar atrasada, e fui a casa desta minha amiga. Chegando lá, a porta da casa já estava aberta e minha amiga me esperava com o grande abraço costumeiro. Abraços e beijinhos dados, desvio o olhar dela e meus olhos caem nos olhos mais grandes e ternos que já vi num homem. Pronto, ”Branca de neve sem anões” se apaixonando em 3, 2, 1. Gente, que menino encantador, lindo (bom, só eu acho/achei ele lindo), moreno, sensual, (só faltou o alto, para combinar com a música), era o homem que sempre pedi a Deus, cuspido e escarrado. Pois bem, passada a primeira ÓTIMA impressão do garoto, sou apresentada. Me encanto a cada segundo por ele. O almoço passa, nisso começa uma confraternização maior todo mundo conversando (na realidade não contei, mas tinha diversos rapazes que eu não conhecia). Nesse momento chega um amigo deste “olhos ternos” e pasmem minha gente, eu olho para o “novo sujeito” no recinto  e penso “Nãoooo!!!!! Fica longe de mim, vai dar rolo isso”. Ok!?! Não puxei papo com o “novo sujeito”, melhor não misturar as coisas, afinal “olhos ternos” parecia tão atencioso.
Bem, o dia estava acabando todo mundo foi voltando a seus respectivos lares, eu voltei para o meu tão só quanto fui. Passa um, dois dias, resolvo adicionar “olhos ternos” no Orkut, trocamos mensagens nos adicionamos no MSN. Penso “poxa, está dando certo”, mas aí surge o “ novo sujeito” e me adiciona no Orkut. O “novo sujeito” mostra-se muito interessado, mandando milhares de recados na minha página todo dia, e todos super recados. Não adiantou de nada não ter conversado com ele no almoço, ele tinha me notado. “Novo sujeito” pede meu MSN e eu claro, passo, afinal não posso ser antipática com o amigo do “olhos ternos”. Depois de alguns dias conversando, todas as manhãs, tardes e noites percebo que “novo sujeito” está muito, mas muito afim de mim, tanto que me convida para uma festa que ele estava ajudando a realizar. A princípio disse que não iria a tal da festa,  mas ele fez de tudo, disse que me buscava e levava. OK, ninguém resiste a tanto pedido, e eu começava a ficar em dúvida sobre minha paixão por “olhos ternos” e começava a pensar se estava afim ou não do “novo sujeito”. Fui para a festa sem decidir se estava disposta a ficar com o “novo sujeito”. Ele passa a festa inteira atrás de mim para saber se estava gostando, quando reclamava de algum estilo musical ele logo pedia para o DJ trocar. Muito querido, fato. E “olhos ternos” estava mais interessado em aproveitar a festa do que qualquer garota.
Resolvo ir embora com um grupo de amigos, o “novo sujeito” ficou inconformado com minha partida, pede algumas vezes para eu ficar e acrescenta que se eu mudasse de ideia no meio do caminho ele me buscava. No meio do caminho para minha casa, peço para uma amiga ligar para o “novo sujeito” falando que queria voltar para a festa e se ele podia me buscar (eu sou muito tímida e tenho vergonha em falar com as pessoas no telefone), ela liga e pede. Ele prontamente diz que sim (é neste momento que vocês verão como sou chata), eu penso no trajeto de meia hora que ele tem que fazer para me buscar e ligo novamente dizendo para não o fazer (afinal ele não era nenhum James Bond para me interceptar num veículo em movimento). Chego em casa e me arrependo a segunda vez, e ligo pedindo para ele me buscar, passa mais cinco minutos me arrependo e ligo desmarcando (falei que era chata), mas nesta quarta e última ligação já era tarde. “Novo sujeito” e seu amigo “olhos ternos” já estavam no meu prédio. Eu só penso, putz “olhos ternos” não, mas já era. “Novo sujeito” me leva para a beira do mar, lá conversamos horas, sim horas, porque quem disse que me decidi (piorou minha situação, né?). Ele percebe que estou com frio, então me abraça, começa a dar uns beijinhos carinhosos na testa e finalmente nos beijamos. E gente, que beijo bom. Foi uma noite muito gostosa, de verdade. Pena que naquela época raciocinava demais e como já era tarde pedi para me levar em casa, com a doce ilusão de que ficaria mais vezes com o “novo sujeito”, que nada! Sim, ele continuou conversando todos os dias comigo no MSN, mas ele não queria um relacionamento sério, não que eu quisesse um, mas ele nunca me perguntou e eu tenho a infeliz cara de que “sou menina para namorar”. E para minha tristeza descubro que ele gostou de ficar comigo, mas que não queria correr o risco de se envolver.


Branca de neve sem anões

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